Luís Montenegro teve uma vitória muito expressiva nas eleições internas do passado dia 28 de Maio. Os militantes do PPD/PSD deram ao seu novo líder mais de 72% dos votos, o que demonstra um apoio forte, inequívoco e histórico. Este resultado obriga à paz interna e à união. Tal implica convergência e lealdade, mas obviamente não significa unanimidade ou pensamento único. O PPD/PSD é -sempre- mais rico quando debate e discute para melhor planear e decidir. É um resultado que surpreendeu uma vez que o concorrente foi Jorge Moreira da Silva, um quadro experiente e tecnicamente muito competente.
O mandato que terá início no congresso dos dias 1,2 e 3 de Julho próximo, será simultaneamente tranquilo e exigente. Estou confiante de que Luís Montenegro estará à altura. Tem competência, muita experiência política e resiliência, atributos que serão fundamentais para este longo período de oposição. Para além disso, o novo líder estará próximo dos portugueses e das instituições, o que, aliado à sua natural empatia, será uma mais valia. Envolvendo essas instituições, as empresas, os trabalhadores, os jovens, ouvindo-os, construirá o programa para Portugal, o compromisso que firmará com os Portugueses. Estou certo que do congresso sairá uma equipa competente, abrangente e representativa do território. Mas Não basta um bom líder e a sua equipa. O PPD/PSD tem de melhorar todas as suas estruturas. Precisa de atrair os melhores para reforçar a qualidade das concelhias e distritais. Em Portugal, há muitas autarquias que se perderam, outras que não se ganharam, porque as estruturas locais e distritais não estiveram à altura. No entanto, estas raramente assumem responsabilidades e a culpa é passada para o Presidente do partido. Cada um e cada estrutura tem de assumir as suas responsabilidades e praticar a solidariedade. Quando ganhamos, ganhamos todos. Quando perdemos, perdemos todos. Nesta solidariedade, e no que diz respeito ao poder local, há que saber escolher os melhores. Quem está, tem de saber sair e tem a obrigação de passar -bem-, com sucesso, o testemunho.
O PPD/PSD faz falta a Portugal. É a chave do progresso, modernidade e desenvolvimento.
O PPD/PSD coloca a pessoa no centro da sua ação e promove a liberdade individual. Gostamos das pequenas e médias empresas, do empreendedorismo, das instituições que promovem a solidariedade. Somos patriotas mas não somos nacionalistas. Promovemos a coesão social, a igualdade de oportunidades através da criação de riqueza, do crescimento económico. Sabemos que não há crescimento sem inclusão e vice versa. Somos gradualistas e equilibrados. Defendemos o público e o privado. É inaceitável que por cegueira ideológica se tenha retirado a gestão privada a hospitais que prestavam um serviço público de qualidade. O serviço piorou e a despesa aumentou.
Pelo contrário, o PS só gosta do Estado e por isso, acaba sempre a nivelar por baixo, e a oferecer baixos salários e péssimos serviços públicos. Temos de ter um sistema de educação de qualidade onde se promova o rigor, onde os professores sejam respeitados e os alunos tenham as qualificações necessárias para triunfarem num mundo cada vez mais competitivo. A formação profissional adequada ao mercado de trabalho é também essencial para podermos aumentarmos a produtividade.
Portugal precisa que o PPD/PSD seja ambicioso, forte e capaz. Temos excelentes instituições, um património cultural invejável, um excelente clima, segurança, boas empresas, um povo trabalhador. Infelizmente, os milhares de milhões dos fundos europeus que Portugal tem à sua disposição, não estão a impedir o empobrecimento de Portugal. Temos baixos salários e pensões miseráveis porque não estamos a criar riqueza. Aliás, na riqueza produzida por habitante já fomos ultrapassados pela Hungria. Estamos a cair, a divergir e cada vez mais na cauda da Europa. O PSD tem de exigir que os mais de 50 mil milhões de euros que recebemos para o período 2021/2027 contribuam para o reforço da competitividade, coesão e sustentabilidade de Portugal. Esta enorme quantidade de recursos financeiros tem de alavancar a nossa economia e acrescentar valor. Não podemos aceitar que sirva apenas para remendar, tapar buracos, ajudar a disfarçar a incompetência do governo de António Costa. Distribuir dinheiro da europa não moderniza, não resolve os problemas estruturais ou os bloqueios do crescimento. Infelizmente, o Governo de António Costa não está a preparar o futuro. É da responsabilidade do governo conseguir diminuir a burocracia e o centralismo, dar previsibilidade fiscal, promover uma justiça célere, distribuir os recursos financeiros com equidade. O PS tem conseguido adiar, anestesiar e iludir mas não tem capacidade, ousadia e coragem para transformar e modernizar Portugal. O PS apregoa a igualdade mas despreza as regiões mais pobres e com menos votantes. O PS apresenta-se como o amigo dos mais desfavorecidos mas as suas políticas aumentam o número de pobres.
Por tudo o que acabo de escrever, afirmo: o PPD/PSD é a -única- solução para Portugal.
Gosto
+Parabéns ao Comando Distrital de Braga da Polícia de Segurança Pública que assinalou o 145º aniversário. Concordo com o Comandante Henriques Almeida quando afirma que são necessárias melhores condições e meios. Para além disso, é essencial a valorização das forças de segurança e a formação contínua das mesmas. Os agentes da PSP merecem todas condições de operacionalidade.
+ Os governantes europeus chegaram a acordo para impor o embargo do petróleo russo. No entanto, o acordo é parcial e gradual esperando-se chegar aos 90% até ao final do ano. Os obstáculos a um acordo total para proibir a importação completa de petróleo russo foram colocados pela Hungria que, tal como a Eslováquia e a República Checa, não têm acesso ao mar e dependem por isso do oleoduto Druzhba, que transporta petróleo russo até ao Centro da Europa.
Não-Gosto
–A descentralização de competências nas Câmaras Municipais não pode ser um presente envenenado. A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) tem de defender os municípios e nunca se tornar na “caixa de ressonância” do governos. A ANMP tem de ser livre e independente. Espero que a saída do Município do Porto da ANMP seja um motivo de reflexão e leve a ANMP a deixar de ser um mero prolongamento do governo.
– Temos excelentes profissionais e um bom sistema nacional de saúde. Não consigo perceber porque é que somos o Estado-Membro que tem mais casos de covid-19 na UE, e o segundo no mundo. Não consigo perceber porque é que somos o País no mundo com mais casos da varíola-dos-macacos. Na verdade, temos o quádruplo do segundo País que é a Espanha. Estamos muito dependentes do turismo. É essencial controlar a situação. Exige-se que as autoridades estejam atentas e expliquem a razão deste nosso -mau- primeiro lugar.