A democracia constrói-se e reforça-se com debates e disputas eleitorais. É um valor europeu do qual não podemos abdicar. Para isso, a existência de partidos é essencial. Precisamos de alternativas para que todos se sintam representados e, se tal não acontecer, não é difícil criar um novo partido.
A democracia impõe regras e prazos a cumprir. Alguns, felizmente poucos, preferiam a tirania, a ditadura, só um a mandar, até porque dessa forma a decisão é mais rápida e há menos “tachos”. Não há democracia sem eleições. Depois de uma contenda eleitoral nacional, não deixamos de ser portugueses, de querer que o governo realize um bom trabalho, mesmo que o candidato em que votamos tenha perdido.
Os partidos também têm eleições para escolherem os seus líderes nacionais, ainda que com regras diferentes. Tal também devia acontecer para a escolha das estruturas e líderes concelhios. Mas há partidos radicais que não gostam das mais elementares regras democráticas, em que as estruturas concelhias não são eleitas pelos respetivos militantes e a estrutura distrital nomeia as estruturas concelhias! Tal como nomeia, também destitui, independentemente da vontade dos militantes das concelhias. É centralismo, autoritarismo e falta de democracia. Não admira, pois, que neste tipo de partidos os resultados eleitorais sejam à “Coreia do Norte”.
No PSD, as estruturas locais e distritais são eleitas diretamente pelos respetivos militantes. O mesmo acontece com o líder do PSD.
Nos partidos, as eleições internas também deverão significar debate, alternativa, legitimidade. Foi o que aconteceu nas eleições internas do PSD do passado sábado. Rui Rio ganhou as eleições internas, reforçou a sua legitimidade e apresenta-se muito mais forte nas eleições legislativas do próximo dia 30 de janeiro. Tal também resulta do facto do opositor ter sido Paulo Rangel, que é altamente competente, conhecido, apreciado, respeitado e preparado. Sempre afirmei que, face à excelente qualidade dos dois candidatos, quem ganhasse ficaria fortemente reforçado aos olhos dos portugueses. No final, o PSD seria quem mais ganharia.
Apoiei o Paulo Rangel que conheço bem, de quem sou amigo e com quem trabalho diariamente no Parlamento Europeu. Também fui derrotado. Mas sei que o PSD ficou mais forte. Aliás, fui contra o adiamento das eleições, porque sempre estive convencido que, independentemente do resultado final, o PSD ficaria reforçado. Repare-se no – mau – exemplo do CDS/PP que, ao adiar as eleições internas, se prejudicou, deu azo a enormes divisões e até demissões dando – infelizmente – uma péssima imagem e mensagem aos portugueses.
A legitimidade política é essencial. A disputa interna tornou o PSD mais forte, vivo e mediático. Teremos ainda mais um momento para falar para Portugal com o congresso de 17, 18 e 19 de dezembro. O PSD também conseguirá sair mais unido. Ninguém deixa de ser social-democrata depois das eleições internas, tal como ninguém deixa de ser português depois das eleições nacionais.
António Costa e outros dirigentes socialistas têm na memória as feridas e as fraturas que ainda existem resultantes da disputa eleitoral Costa/Seguro e gostavam que tal resultado acontecesse no PSD. Enganam-se. O PSD estará mobilizado, Rui Rio está reforçado e não há um único militante que não considere Rui Rio melhor do que António Costa. Acresce que o resultado das eleições internas adicionou ao homem sério, corajoso e experiente uma outra mensagem aos portugueses: Rui Rio é combativo, resiliente e até consegue ganhar contra as expectativas.
A alegria que alguns socialistas têm, pensando que o PSD ficaria dividido e mais fraco, vai tornar-se rapidamente em tristeza.
Portugal precisa de um governo liderado pelo PSD. O PS não merece uma terceira oportunidade. O atual governo é incompetente e está completamente desgastado. Basta! Não podemos continuar a assistir passivamente ao afundar de Portugal. Estamos cada vez mais na cauda da Europa, ao perdermos competitividade e produtividade. Não temos um Portugal coeso e com igualdade de oportunidades. Recupero uma frase simples de Paulo Rangel, mas muito significativa: “Temos de criar riqueza para diminuirmos a pobreza”. O PSD acredita na iniciativa privada, nas PME, no empreendedorismo. O PSD sabe que é desta forma que se cria riqueza e assim se possibilita um estado social mais forte. O PSD valoriza o voluntariado, as IPSS e o trabalho de todas as instituições sociais, como as misericórdias.
O PSD não tem medo de avançar para a modernização e a transformação de Portugal face aos desafios globais que vivemos. Temos de desburocratizar, acelerar as decisões judiciais que emperram a economia e o desenvolvimento, dar previsibilidade fiscal.
Temos excelentes instituições, universidades, empresas e empresários, um povo trabalhador. Temos de ter um governo à altura de Portugal. Para isso, a única alternativa é o PSD, que conta com um Rio mais forte.
Gosto
+ 5ª edição do European Young Chef Award 2021
A 5ª edição do European Young Chef Award 2021 foi uma montra para a gastronomia da região do Minho. Decorreu no Mercado Municipal de Braga, e atribuiu o título de melhor jovem chefe europeu. Este projeto juntou as três CIM minhotas: Cávado, Ave e Alto Minho e aconteceu na altura em que se assinalou o 5.º aniversário da proclamação do Minho como Região Europeia da Gastronomia. Uma forma diferente de promover o que o Minho tem de melhor: a sua gastronomia e a sua juventude. O evento foi financiado pela estratégia de eficiência colectiva ‘PROVERE – Minho Inovação’.
+ Casa do Professor dá formação gratuita sobre questões europeias a 1500 docente
A Casa do Professor, em Braga, vai proporcionar formação gratuita, em questões europeias, a 1500 professores portugueses, no âmbito de uma candidatura a fundos europeus e que foi recentemente aprovada pela União Europeia. Um projeto inédito em Portugal, que visa melhorar as competências e a partilha de conhecimento dos professores, em sala de aula, sobre diversas temáticas europeias. Mais uma excelente iniciativa da Casa do Professor.
Não-Gosto
– Assassinadas 23 mulheres até 15 de novembro, 13 em contexto de violência doméstica
Em casa e às mãos de familiares. É assim que são assassinadas a maioria das mulheres em Portugal. Mulheres como Ana, Beatriz, Carmo, Lígia, Olívia ou Teresa, a quem o Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA) dedica o relatório preliminar sobre este crime, com dados entre 1 de Janeiro e 15 de Novembro, e que dão conta de 23 mortes. Este é um assunto a que não podemos fechar os olhos, e no qual precisamos de intervir para ajudar a salvar vidas. Este ano, registou-se uma diminuição do número de vítimas, mas, infelizmente, isso não pode ser encarado como uma tendência. Ao contrário do ditado popular, sempre que soubermos de casos de violência doméstica, devemos “meter a colher” e denunciar às autoridades.
– Portugal em estado de Calamidade
A pandemia ainda não passou e há um agravamento de novos casos em Portugal. Há uma nova estirpe do vírus a aproximar-se das nossas vidas. O Estado aplica novas restrições para conter esta progressão, mas uma coisa todos sabemos: é o nosso comportamento, juntamente com a vacina, que pode controlar a evolução da pandemia. Temos de continuar com determinação e resiliência neste combate, que parece não ter fim. Temos de ser responsáveis, pois do nosso comportamento depende a nossa proteção e a dos outros.