O Centro Ibérico de Nanotecnologia, instalado em Braga, foi hoje apontado pelo deputado europeu José Manuel Fernandes como “um bom sinal de união de esforços” que deve imperar nas relações entre estados-membros da União Europeia, como é o caso de Portugal e Espanha.
Intervindo na sessão plenária de Estrasburgo sobre a presidência espanhola da União Europeia, o eurodeputado eleito pelo PSD salientou a importância do reforço das relações entre Portugal e Espanha durante este primeiro semestre de 2010.
“Todos conhecemos a interdependência e a interconectividade das nossas economias”, observou.
Nesse âmbito, José Manuel Fernandes salientou que “um bom sinal de união de esforços é, por exemplo, o Centro Ibérico de Nanotecnologia, em Braga, que permitirá o desenvolvimento da investigação científica, da inovação e do conhecimento”, o que considerou ser uma aposta que “levará ao reforço da competitividade das nossas empresas”.
Numa declaração onde desejou “os maiores sucessos à presidência espanhola”, o deputado do grupo do PPE vincou os votos para que “os estados-membros e as instituições europeias cooperem, de modo a que a UE seja mais próspera e solidária, e intensifique a sua voz na cena internacional”.
Lembrando que Espanha é “o primeiro estado-membro a dar forma ao novo modelo institucional resultante da entrada em vigor do Tratado de Lisboa”, o eurodeputado vincou as expectativas quanto à concretização das prioridades enunciadas pelo primeiro-ministro espanhol, José Luiz Rodríguez Zapatero.
Entre as estratégias políticas prioritárias, José Manuel Fernandes – membro das comissões do orçamento e do ambiente no PE – salientou a importância do compromisso de “tirar a Europa da crise e consolidar a retoma do crescimento económico”.
José Manuel Fernandes defendeu ainda que se prossiga com o combate às alterações climáticas e a defesa da segurança energética, a par da adopção de uma política florestal integrada e uma melhor eficiência na gestão da água.
A questão social – tema a que o eurodeputado português tem dado particular atenção no que toca à definição das políticas europeias – foi também destacada por José Manuel Fernandes.
“Neste ano europeu de combate à pobreza e neste momento de crise económica, esperam-se políticas reforçadas para as camadas mais vulneráveis”, recomendou o eurodeputado português, que havia já marcado o início desta semana de trabalhos do Parlamento Europeu em Estrasburgo com uma intervenção a desafiar as instituições da União Europeia para a disponibilização de recursos financeiros capazes de garantir um combate determinado à pobreza e à exclusão social.
“A União Europeia deve avaliar, desde já, a sua situação social e, caso necessário, deve aumentar os meios financeiros para implementar as acções necessárias ao combate à pobreza. Para este objectivo, temos de ter orçamento”, declarou José Manuel Fernandes, frisdando que “não podemos aceitar que existam pessoas a passar fome”.