Eurodeputado José Manuel Fernandes desafiou hoje os agricultores, e de forma especial os criadores de animais, para a boa utilização e rentabilização dos fundos comunitários na valorização e certificação dos produtos agroalimentares de qualidade e autóctones.
No I Festival da Carne Minhota que decorre este fim-de-semana em Ponte de Lima, José Manuel Fernandes sublinhou que, até 2020, Portugal tem acesso a mais de 3,3 milhões de euros por dia só para a agricultura, um setor nevrálgico para a União Europeia e para o nosso país.
No âmbito do atual Quadro Financeiro Plurianual, para o período 2014-2020, só para a agricultura, Portugal recebe cerca de 8,5 mil milhões de euros, em ajudas diretas aos agricultores (4,5 mil milhões de euros) e através do FEADER – Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (4 mil milhões de euros).
Além disso, o orçamento da UE para o próximo ano reforça os apoios aos agricultores em 500 milhões de euros, “para fazer face, nomeadamente, à crise do leite e ao embargo russo” – conforme sublinhou José Manuel Fernandes, relator do orçamento e coordenador do PPE na comissão dos orçamentos.
“A agricultura é um setor nevrálgico, que tem assumido uma importância vital ao longo de toda a história da União Europeia”, explicou José Manuel Fernandes, durante a entrega de prémios aos vencedores dos concursos organizados pela APACRA – Associação Portuguesa dos Criadores de Bovinos de Raça Minhota.
O Eurodeputado – que se comprometeu a levar ao Parlamento Europeu um grupo de criadores de gado da raça minhota – explicou que a aposta estratégica em produtos de qualidade e que valorizam a biodiversidade é um fator cada vez mais preponderante para superar os desafios do mercado no contexto europeu e global.
Nesse sentido, enalteceu o trabalho que vem sendo desenvolvido pela APACRA, liderada por Teresa Moreira, na promoção e valorização da carne dos bovinos de raça minhota. Em seu entender, esse processo é determinante para que os agricultores consigam produzir mais alimentos numa base de rentabilidade económica e, simultaneamente, protegendo a natureza e salvaguardando a biodiversidade. Condições valorizadas na atual Política Agrícola Comum (PAC) que tem como objetivo premiar o serviço público prestado pelos agricultores, designadamente no que toca aos esforços para proteger o ambiente, e repartir as ajudas diretas de forma mais justa, agricultores ativos, apoiando agricultores ativos e nas regiões mais desfavorecidas.