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Eixo Porto-Vigo do TGV: ligação ao aeroporto terá de ser “prioritária”

O deputado europeu José Manuel Fernandes comprometeu-se hoje a lutar junto das instâncias da União Europeia pelos interesses da região do Minho e do Norte do País no processo da ligação ferroviária de alta velocidade (TGV) entre Porto e Vigo, afirmando-se como defensor intransigente de uma ligação prioritária ao aeroporto Francisco Sá Carneiro.

 

Seria desastroso e inaceitável que, a ser construído, o eixo Porto-Vigo não contemple o aeroporto Sá Carneiro”, afirmou o eurodeputado, eleito pelo PSD, na sequência de uma reunião com autarcas dos distritos de Braga e Viana do Castelo que se mostram preocupados quanto aos impactos negativos do traçado do TGV a nível social e do património natural e arquitectónico da região.

 

José Manuel Fernandes revelou que pediu já informações sobre o processo à Comissão Europeia, com destaque para a elaboração de estudos de impacto ambiental e viabilidade económica do TGV.

 

Considerando a sustentabilidade do TGV, é crucial que, tendo em vista o desenvolvimento económico da região Norte e a viabilidade e rentabilidade do TGV, haja uma fácil e boa ligação ao aeroporto Sá Carneiro”, afirmou José Manuel Fernandes.

 

O eurodeputado aproveitou ainda para desmistificar a ideia de que, sem a construção do TGV, Portugal perderá milhões de euros em fundos comunitários.

 

“É crucial que o país não perca um tostão de fundos comunitários e o dinheiro que está reservado para o TGV também não deverá ser perdido, mas para isso o TGV pode ou não avançar, ou até avançar só parcialmente. O que importa é que o Governo apresente projectos alternativos para que esse dinheiro, que está reservado, seja utilizado nesses projectos alternativos, que funcionariam como salvaguarda para que os fundos comunitários não fossem perdidos”, explicou José Manuel Fernandes.

 

O eurodeputado sublinhou a necessidade de valorizar o impacto social, ambiental e patrimonial na escolha do melhor traçado para o corredor do TGV, face à riqueza e características muito próprias deste território.

 

“Depois de provada a viabilidade económica do projecto, é importante que se escolha o melhor traçado, que é, sem sombra de dúvida, aquele que causa menos impacto em termos ambientais, sociais e do património histórico e arquitectónico”, defendeu o eurodeputado, sublinhando que será “incompreensível que, entre tantas opções e alternativas, se venha a cortar ao meio comunidades rurais, que nesta região se caracterizam pela forte convivência social”.