IN Jornal NOVO, 13/01/2024
Nas eleições legislativas de 10 de Março, escolhemos, para Primeiro-ministro, Luís Montenegro ou Pedro Nuno Santos. Para mim, a escolha é fácil e óbvia: Luís Montenegro.
Entendo que quem não serviu para Ministro, por maioria de razão, não deve ser Primeiro-ministro. Pedro Nuno Santos é o radical que enquanto deputado achava que os banqueiros alemães tremem se os ameaçarmos que não pagamos as dívidas. É aquele que enquanto Ministro autorizou – levianamente – uma indemnização indevida de 500 mil euros a Alexandra Reis, gestora da TAP. Foi também ele que de forma intempestiva decidiu a localização do novo aeroporto, desrespeitando o Primeiro-ministro, António Costa, que foi obrigado a revogar esse despacho, humilhando publicamente o seu ministro. A sucessão de casos, erros e omissões graves obrigaram Pedro Nuno Santos a demitir-se. Estes fatos são motivos fortíssimos e suficientes para não se votar no Partido Socialista nas próximas eleições. Infelizmente, há mais más razões. Pedro Nuno Santos, enquanto ministro, foi incompetente e desleixado, como prova, por exemplo, o enorme atraso na ferrovia, a gestão desastrosa na TAP e os péssimos resultados na habitação. É preciso muito descaramento para se afirmar que “salvei a TAP” quando, para isso, “sacou” 3200 milhões de euros aos bolsos dos portugueses. A inimputabilidade de que os socialistas, em Portugal, usufruem tem de acabar. Repare-se no descaramento: o governo, Pedro Nuno Santos e o Ministro da Educação, diziam – antes das eleições – que a proposta de Luís Montenegro para a reposição da contagem do tempo de serviços aos professores não se poderia concretizar. Depois de se marcarem as eleições, o mesmo Ministro da Educação e Pedro Nuno Santos já defendem essa possibilidade. A incompetência, descaramento, leviandade e desleixo não podem ser premiados.
As eleições legislativas de 10 de Março ocorrem por culpa exclusiva do governo do Partido Socialista. Há uma chuva de milhões da Europa, dispunham de uma maioria absoluta na Assembleia da República e de um Presidente da República cooperante. No entanto, António Costa, preocupado com os equilíbrios internos dentro do PS, escolheu ministros incompetentes e desleixados que contribuíram para a queda do governo. A governação socialista nunca planeou o futuro de Portugal e foi sempre feita a pensar na sua sobrevivência política, quer do ponto de vista colectivo, quer individual.
Luís Montenegro tem sólidas provas dadas na sua vida política e profissional. Enquanto líder parlamentar do governo de Pedro Passos Coelho, trabalhou com competência na gestão e acompanhamento transversal das matérias dos diversos ministérios. Foi esse governo que salvou Portugal da bancarrota que o governo socialista tinha deixado como herança. Luís Montenegro fez, enquanto líder partidário, propostas para área da saúde, educação, habitação e redução da carga fiscal. Não adivinhava que o governo iria cair, mas fazia propostas positivas demonstrando competência, solidez e responsabilidade.