O Eurodeputado José Manuel Fernandes defende uma aposta clara e estratégica do setor da educação para fomentar o empreendedorismo em Portugal, enquanto fator primordial de crescimento económico. Numa intervenção no âmbito da comemoração do Dia da Europa no Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), o eurodeputado lançou mesmo um desafio ao Ministério da Educação para acompanhar a estratégia que está já a ser seguida em diversos países europeus.
“A educação para o empreendedorismo deve ser explicitamente reconhecida nos programas de ensino, desde o primeiro ciclo, e estar incorporada nas estratégias nacionais no domínio da aprendizagem ao longo da vida, da juventude ou do crescimento”, propôs José Manuel Fernandes, numa intervenção transmitida via web nos espaços públicos do IPCA, em Barcelos, no âmbito do workshop sobre ‘Empreendedorismo e Inovação’.
Segundo o eurodeputado do PSD – que falava a partir do Parlamento Europeu em Bruxelas -, “a educação para o empreendedorismo é um motor de crescimento futuro que deve ser promovido desde os níveis precoces de educação”.
José Manuel Fernandes assegurou mesmo que “a educação para o empreendedorismo está em crescimento na maior parte dos países europeus“, e apontou um extenso rol de estados-membros com estratégicas específicas já lançadas nesta área, de onde Portugal não faz parte.
Dinamarca, Estónia, Lituânia, Países Baixos, Suécia, Noruega, País de Gales e Bélgica fazem parte desse grupo, para além de outros países que já incluem o empreendedorismo nos estudos, como Áustria, Bulgária, República Checa, Finlândia, Grécia, Hungria, Islândia, Liechtenstein, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha e Turquia.
Num evento que contou ainda com as participações, de Agostinho Silva, Adriano Fidalgo e Batista da Costa, o Eurodeputado socialdemocrata aproveitou para explicar a estratégia Europa 2020 e a importância das universidades para atingir os objetivos traçados para “um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo”, e tornar a economia e os recursos humanos mais capazes e competentes para competirem e diferenciarem-se no mercado global.
“A criatividade e o empreendedorismo são mais valias que devem ser incentivadas numa União Europeia de oportunidades e desafios, que precisa das ideias e iniciativas dos cidadãos europeus“, afirmou José Manuel Fernandes, justificando a “aposta estratégica na formação de recursos humanos qualificados e capazes de inovar e criar mais-valia, para estimular uma economia mais inclusiva, ecológica e sustentável”.
