Em defesa de uma União Europeia mais forte, solidária e, sobretudo, com capacidade para superar dificuldades e problemas das diferentes comunidades, o Eurodeputado José Manuel Fernandes assumiu-se hoje defensor de um orçamento verdadeiramente comunitário e com recursos próprios, passível de ser usado também em despesas de âmbito social e na educação.
Participando nas comemorações do Dia da Europa na Escola Secundária José Régio, em Vila do Conde, José Manuel Fernandes explicou o funcionamento das instituições europeias, o processo de integração europeia que garantiu a paz e o desenvolvimento económico, assim como os mecanismos de resposta aos novos desafios europeus.
Numa sessão em que participaram igualmente professores, responsáveis escolares e encarregados de educação, José Manuel Fernandes reconheceu que os cidadãos deviam sentir-se mais europeus, apontando como contributo a necessidade de acabar com a distinção entre os países chamados de contribuintes líquidos e os beneficiários.
“É preciso mais solidariedade e promover um sentimento comum de europeus. Mas, para isso, temos de partilhar coisas boas e más. E ser capazes de construir um orçamento comum, que possa eliminar as diferenças e as disputas entre estados-membros sobre ganhos e custos”, defendeu o eurodeputado.
Na caraterização da atual situação da União Europeia, José Manuel Fernandes alertou que “estamos perante terreno fértil para a demagogia, o populismo e os extremismos, por força da crise económica, financeira e social que atravessamos”, o que – em seu entender – voltou a fazer perigar o sucesso de paz que representa a construção europeia.
Por uma Europa capaz de mobilizar os cidadãos e fazê-los sentirem-se mais europeus, apesar da grande diversidade do território e da identidade social das suas 272 regiões, propõe “uma UE mais social, com direitos sociais, um orçamento maior, uma maior harmonização fiscal e uma solidariedade que permita colocar em comum as dificuldades e os benefícios do projeto europeu.
Responsável pelo orçamento da UE para 2016 e relator do ‘Plano Juncker’, José Manuel Fernandes aproveitou ainda para sensibilizar para importância da solidariedade entre gerações e alertou para o problema do envelhecimento acentuado da população europeia.
Nesse sentido, defendeu igualmente um Orçamento da União Europeia mais elevado, de onde possam sair verbas para pagar as despesas de educação e de reformas. Essa seria uma forma de evitar que um país assuma todos os encargos com a formação de jovens, que depois vão criar riqueza para outro país, enquanto que o país de origem perde população ativa e vê agravados os encargos sociais com as reformas.