O ensino e a formação profissionais assumem um papel de grande importância para o sucesso dos esforços da União Europeia na promoção da empregabilidade dos jovens. Numa conferência sobre “Erasmus+ e o ensino profissional” que teve hoje lugar na Esprominho, em Braga, José Manuel Fernandes sublinhou os investimentos europeus na excelência da formação e no reforço da interligação das escolas com as empresas.
“Os jovens sabem que têm de estar preparados à altura dos novos desafios e do cada vez mais exigente e competitivo mercado de trabalho. Nesse sentido, a formação e a valorização de competências constituem a base necessária para sustentar o caminho para o sucesso de cada um e também do país, num mundo global cada vez mais concorrencial”, sustentou o eurodeputado.
Abordando especificamente o Erasmus+, programa europeu que reúne todas as ações para educação, formação, juventude e também desporto no atual quadro financeiro 2014-2020, o Eurodeputado salientou que “a cooperação das instituições ensino e formação com empresas é uma das linhas de forte incentivo da UE”.
O Erasmus+ apoia a conceção e introdução de programas curriculares que satisfaçam as necessidades do mercado de trabalho, assim como a partilha de resultados com os responsáveis pelo ensino e a formação profissionais, as empresas e os conselheiros. O objetivo – conforme explicou – é dar resposta a necessidades e colmatar défices de competências em setores específicos do mercado de trabalho.
De acordo com o Eurodeputado, o aumento do financiamento do Erasmus+ em cerca de 40%, comparativamente ao anterior quadro financeiro 2007/2013, “demonstra que, para a União Europeia, a juventude é uma prioridade central e os jovens são uma solução, não são um problema”.
“Pelo Erasmus+ e também através de outros programas, como ‘O teu primeiro emprego Eures’ e ações ligadas ao empreendedorismo, a UE está a procurar assumir o compromisso de investir na área da juventude e da formação, procurando superar os efeitos da crise sobre as novas gerações, nomeadamente ao nível do desemprego”.
Simultaneamente, esta aposta estratégica visa “rentabilizar as novas potencialidades e competências que os jovens asseguram para o reforço da competitividade e nível de desenvolvimento da União Europeia”.
Perante os alunos da Escola Profissional Minho, José Manuel Fernandes fez questão de salientar que “os programas da União Europeia são ferramentas importantes que devem ser utilizadas, neste espaço ‘Sem fronteiras’ de 500 milhões de cidadãos europeus”.
Nesse sentido, mostrou-se confiante que “os jovens portugueses vão tirar partido das oportunidades que o Erasmus+ proporciona”.
José Manuel Fernandes procurou desmistificar o conceito da mobilidade europeia, valorizando o seu impacto na inclusão dos jovens.
“Trata-se não só de os jovens poderem ter condições de beneficiar de um mercado de trabalho europeu onde há milhões de vagas de por preencher, mas também e permitir a Portugal ter a ambição de captar jovens de outros Estados-Membros e de dar condições para que os jovens portugueses, que saiam, voltem de forma a tirarmos partido dos seus conhecimentos, novas práticas e métodos”, afirmou o Eurodeputado.