A confirmarem-se as previsões da Comissão Europeia, a Roménia, que durante anos foi o segundo país mais pobre da UE a 27, irá ultrapassar Portugal no ranking de desenvolvimento económico. Daqui a dois anos, os romenos deverão estar no 19º lugar deste ranking, com o PIB per capita nos 79% da média europeia, enquanto o nosso país voltará a cair e passará para 20º lugar, com um PIB per capita de 78,8% da média europeia.
Recorde-se que a Roménia aderiu à União Europeia em 2007, já Portugal tinha beneficiado de três quadros financeiros de apoios. Ora, sendo estes quadros de apoios comunitários utilizados para impulsionar a convergência dos Estados-membros menos desenvolvidos com a Europa mais desenvolvida, coloca-se a questão: O que está a falhar com Portugal?
José Manuel Fernandes responde: “O Governo socialista de António Costa tem sido incompetente. Não basta gastar os milhões. É preciso gastá-los bem, de forma a garantir o futuro dos portugueses. É inaceitável que os milhões sejam desviados pelo Governo para financiar o próprio Orçamento do Estado, como tem acontecido. Os fundos têm de adicionar e não podem substituir o Orçamento do Estado . Eles servem para reforçar a coesão territorial, económica e social, a competitividade, a produtividade, a coesão territorial, económica e social. No fundo são para a coesão e a convergência dos países mais pobres”.
Para o eurodeputado, “não se compreende que Portugal receba milhares de milhões de fundos europeus e ainda não tenha saída da cauda da Europa, quando outros países que eram mais pobres e aderiram depois de Portugal já nos ultrapassaram.”.
Até 2027, Portugal vai receber da Europa mais de 50 mil milhões de euros, oriundos do Fundo de Recuperação e Resiliência, do Quadro Financeiro Plurianual 2021/2027 e do Portugal 2020, que ainda tem mais de 5 mil milhões por executar. Uma “chuva de milhões”, nas palavras de José Manuel Fernandes, que coloca uma questão: “Porque é que não temos um Governo capaz de utilizar bem esta chuva de milhões para criar riqueza e dar qualidade de vida aos portugueses?”
Para o português que negoceia o Orçamento da UE, “os fundos têm de ser uma mais valia, acrescentar valor, gerar riqueza e contribuir para a coesão territorial. Não nos podemos resignar e aceitar ficar na cauda da Europa. Os nossos filhos, netos e as próximas gerações merecem um futuro melhor”.