In NOVO, 24 fevereiro 2024
Em 2015, António Costa perdeu as eleições legislativa. No entanto, a maioria de esquerda permitiu que o PS fizesse para um acordo com a esquerda radical, abrindo um perigoso precedente. A partir daí, passou a ser normal que o partido ou coligação mais votada não governe. Nas próximas eleições legislativas, parece claro e consensual que não haverá uma maioria de esquerda no parlamento. Luís Montenegro já afirmou que só formará governo se ganhar as eleições, acrescentando que não fará acordos com o Chega. É uma clarificação importante, um bom princípio e a prova de que -felizmente- há na política quem defenda valores e não venda a alma ao Diabo para chegar ao poder. Pelo contrário, se existisse uma maioria de esquerda, Pedro Nuno Santos faria, com enorme alegria, uma coligação com o Bloco de Esquerda e faria as cedências necessárias ao Partido Comunista Português, que como todos sabemos é contra a NATO, contra a UE e a favor da Rússia. Teríamos um ultra-radical Pedro Nuno Santos. Felizmente, tal cenário não vai acontecer.
Aparentemente, também já intuímos o que fará Pedro Nuno Santos se perder as eleições, o cenário, na minha opinião, mais provável: o candidato socialista não apresentará nem apoiará nenhuma moção de rejeição do governo. Caso não mude de ideias, estou convencido que escolherá o melhor momento para usar o orçamento do Estado para tentar derrubar o governo liderado por Luís Montenegro.
É essencial concentrarmos os votos na Aliança Democrática para darmos estabilidade e futuro a Portugal. Os portugueses merecem um governo competente, capaz e ambicioso. Portugal não pode perder mais tempo e oportunidades como as que resultam da chuva de milhões de euros dos fundos europeus. É necessário um governo que goste da iniciativa privada e não tenha medo de cumprir objetivos imprescindíveis para termos melhores salários, que não tenha medo de impulsionar a competitividade e a produtividade, defender o empreendedorismo e promover o mérito e o rigor. A ideologia de esquerda que nos governa faz um nivelamento por baixo – algo que tem sido claro ao longo dos últimos 8 anos de governação socialista – e, por isso, o salário médio está cada vez mais próximo do mínimo. É uma ideologia esgotada, que não põe os portugueses no centro das suas políticas. Só gosta do Estado e obriga-nos a pagar mais impostos e retribui com públicos mínimos e ineficientes.
Luís Montenegro é um social democrata, está bem preparado, é competente, conhece o território e tem equipa. Por outro lado, Pedro Nuno Santos já provou, várias vezes, que é um socialista radical, leviano, inconstante e incompetente. Foi despedido porque não servia para Ministro. Por maioria de razão, não servirá para Primeiro-Ministro. António Costa tudo faz e fará para fazer esquecer o despedimento e a humilhação pública por que o fez passar quando revogou o despacho do então Ministro relativo à localização do aeroporto. António Costa, numa tentativa frustrada de ajudar, em desespero, aquele que despediu já repetiu que “fazer melhor que o PS só o PS”. A verdade é outra: fazer ainda pior do que o PS só mesmo o Pedro Nuno Santos.