O eurodeputado José Manuel Fernandes assume-se a favor de uma Europa mais solidária, mais integrada e com mais coordenação, onde as despesas de educação e parte das pensões sejam pagas, em cada estado-membro, com verbas do orçamento da União Europeia.
A proposta foi defendida hoje na Escola Profissional de Braga, onde José Manuel Fernandes foi convidado a refletir sobre a União Europeia, no âmbito da comemoração do Dia da Europa, que se assinala amanhã, dia 9 de maio, data que coincide com os 25 anos da fundação daquele estabelecimento de ensino.
Destacando a importância da solidariedade entre gerações e alertando para o problema do envelhecimento acentuado da população europeia, José Manuel Fernandes defendeu um Orçamento da União Europeia mais elevado, de onde possam sair verbas para pagar as despesas de educação e de reformas.
Essa seria uma forma de evitar que um país assuma todos os encargos com a formação de jovens, que depois vão criar riqueza para outro país, enquanto que o país de origem perde população ativa e vê agravados os encargos sociais com as reformas, conforme explicou o Eurodeputado.
No caso das pensões, o eurodeputado entende que apenas parte deve ser atribuída pelo Orçamento da União Europeia cabendo a outra parte a cada Estado Membro, consoante os descontos de cada um. Já no que à Educação diz respeito, José Manuel Fernandes entende que “seria mais justo se fosse a União Europeia a pagar todas as despesas, referentes ao ensino obrigatório” numa lógica de maior integração e partilha.
O Eurodeputado deu o exemplo da emigração de jovens portugueses para a Alemanha, nomeadamente enfermeiros e engenheiros. “Quem pagou a educação destes jovens foi o nosso país, mas quem ganha é a Alemanha que fica com mão de obra qualificada e com a população rejuvenescida, explicou.
Na sessão participaram também o presidente pedagógico da EPB, José Lopes de Oliveira, e o coordenador do Grupo de Ciências Sociais e Humanas, Dias Pereira. Dirigindo-se aos jovens da plateia, o professor João Barbosa destacou precisamente a preocupação social e o trabalho para a causa pública que José Manuel Fernandes vem demonstrando desde jovem, deixando ainda um repto que os jovens comecem a inverter a tendência elevada de absentismo nos atos eleitorais, em que votam normalmente apenas 25% dos jovens até aos 25 anos.