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Eurodeputado José Manuel Fernandes em seminário promovido pela CNASTI

O eurodeputado José Manuel Fernandes defendeu ontem uma definição clara e objectiva de metas a atingir para a luta contra a pobreza infantil e promoção do bem-estar das crianças, de forma a assegurar acções concretas e que sejam passíveis de serem levadas à prática na sua plenitude.

A ideia foi defendida no seminário sobre ‘Políticas Europeias de Proteção das Crianças em Risco’, promovido pela Confederação Nacional de Acção Sobre o Trabalho Infantil (CNASTI), na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga.

‘Tendo em conta os objetivos gerais da estratégia Europa 2020, deveria ser elaborado um quadro coerente para lidar com a pobreza infantil e o bem-estar das crianças de forma mais coerente, utilizando uma abordagem baseada nos seus direitos’, recomendou José Manuel Fernandes, que reclamou maior eficiência e flexibilização dos fundos estruturais para reforçar a coesão social e lutar contra a pobreza.

Nesse sentido, o eurodeputado defendeu que ‘a UE deve passar a ter uma meta específica de erradicação da pobreza infantil e promoção do bem-estar das crianças’.
José Manuel Fernandes explicou que ‘A redução da pobreza é um dos cinco objectivos a atingir pela UE até 2020’, destacando o compromisso dos estados-membros para «reduzir em 25 % o número de europeus que vivem abaixo dos limiares de pobreza nacionais, o que permite tirar da situação de pobreza mais de 20 milhões de pessoas».

Para isso, apontou como ‘um desafio fundamental’ garantir maior actualização dos indicadores e dos métodos de avaliação da implementação de políticas, lamentando que em 2012 ainda se trabalhe com base em dados apurados em 2005 ou 2009.

O seminário ficou marcado pelas ausências dos eurodeputados Elisa Ferreira, Nuno Melo e Inês Zuber, sendo que só os comunistas se fizeram representar por Lúcia Gomes, da comissão do PCP para os assuntos sociais.

O presidente da CNASTI, José Manuel Siva, e Isabel Amorim, da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) chamaram a atenção para os números crescentes de pobreza e risco social das crianças, destacando o reconhecimento da União Europeia quanto à necessidade de reforçar medidas sociais de apoio aos mais novos.

 

IN,Correio do Minho