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Envelhecimento é desafio para termalismo e turismo

José Manuel Fernandes enalteceu ontem a utilização dos fundos comunitários para potenciar as mais-valia que representa estância termal de Vizela. O eurodeputado cumpriu um programa de visita à estância termal, em fase de profunda remodelação e modernização de infra-estruturas e equipamentos. A iniciativa permitiu comprovar e sublinhar a importância dos fundos europeus para a valorização das potencialidades e mais-valias dos nossos territórios.

Como confesso adepto fervoroso do termalismo termal, o eurodeputado apontou a grande oportunidade que Portugal, o Minho de forma particular, pode aproveitar no seio da União Europeia ao nível dos recursos naturais de que dispõe neste sector do termalismo e turismo sénior, face ao desafio brutal que representa o fenómeno do envelhecimento da população europeia.

“Nesta Europa em que cidadãos de vários países enfrentam custos elevados e despendem elevadas quantias para uma sessão de fisioterapia, não tenho dúvidas de que optariam por uma semana termal, num país como este, em que podem beneficiar de voos ‘low cost’ e usufruir de temperaturas amenas e muito sol, gastronomia fantástica e preços bem mais acessíveis”, avançou.

Nesse âmbito, José Manuel Fernandes elogiou o investimento que está a ser concretizado em Vizela no remodelado Hotel das Termas, que abre a 3 de Janeiro, e nas diferentes valências e equipamentos que integram aquela que é apontada como a maior estância termal do país — e que, depois de vários anos em decadência, reabre em pleno em Junho.

“É agradável saber que, além da maior, esta quer ser a melhor estância termal do país”, anotou o eurodeputado, numa visita em que foi acompanhado por Sandra Guimarães, directora da estância que está sob exploração do grupo espanhol Tesal, e elementos ligados às obras.
As obras em curso são financiadas em 75% ao abrigo do COMPETE — Programa Operacional Factores de Competitividade, sendo que na requalificação do hotel foram investidos 1,5 milhões de euros e na estância termal o investimento ascende a 2,5 milhões de euros, com destaque para a preservação do edifício termal datado de 1870.

“É importante que os fundos comunitários foram aqui um recurso valorizado para potenciar o saber e a mais-valia que os recursos naturais desta terra nos proporciona. É importante para o país, para a região e para Vizela”, frisou, enaltecendo ainda as fasquias de exigência e inovação com que os responsáveis da estância termal querem diferenciar-se neste sector.

A confecção do cozido à portuguesa nas águas quentes da estância no Hotel Bienestar das Termas é um dos exemplos da marca de inovação ligada aos valores da terra, José Manuel Fernandes elogiou ainda o projecto de eficiência energética implantado novo hotel, que aproveita as águas termais, que atingem os 60ºC, para o sistema de aquecimento.

“Nestes novos tempos de exigências e desafios acrescidos, sobretudo para a criação de riqueza e emprego, torna-se imperativo aproveitar os recursos de que dispomos, sobretudo os recursos naturais, para garantirmos melhor crescimento e coesão social e territorial”, sustentou, desafiando ainda ao aproveitamento do programa Calypso — iniciativa da Comissão Europeia destinada a promover a actividade turística, apoiando cidadãos mais desfavorecidos a viajar e concretizar destinos de férias na Europa, ajudando ao mesmo tempo as economias locais a ultrapassar os problemas da época baixa.

 

In: Correio do Minho