O eurodeputado José Manuel Fernandes defendeu hoje, para Portugal, a necessidade de um “rigor orçamental inteligente, que não mate a economia e não impeça o crescimento”. A posição foi assumida no âmbito de um encontro em Lisboa com o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, integrado no programa de visitas que uma delegação da comissão dos Assuntos Económicos do Parlamento Europeu está a realizar em Portugal.
Com o programa de ajustamento económico e a atual situação economicosocial de Portugal como pano de fundo, a necessidade de inverter o ciclo de crise e promover a retoma do crescimento económico está no centro das atenções dos eurodeputados, com particular destaque para as preocupações com o desemprego entre os jovens.
No ciclo de encontros com responsáveis de diferentes instituições – incluindo o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa –, José Manuel Fernandes reconheceu o esforço e o trabalho que estão a ser desenvolvidos para o saneamento das contas públicas portuguesas.
“Portugal é visto no estrangeiro como um país cumpridor, o que é importante pois traz credibilidade para se ir revendo o memorando de entendimento, como já foi revisto, nomeadamente a nível de maturidades, de forma a criar condições para encontrar soluções que revertam o ciclo de crise económica e promovam um crescimento sustentável, capaz de criar emprego e riqueza para o país”, sustentou o eurodeputado do PSD.
José Manuel Fernandes – que tem procurado incentivar programas e políticas europeias a favor da juventude, como a proposta do projeto-piloto ‘Eures 1º Emprego’ e a publicação do do livro ‘Sem Fronteiras’ dedicado aos fundos comunitários para a juventude – realçou a importância de estimular a economia para esbater os elevados níveis de desemprego entre os jovens, o que representa “uma grave desperdício de uma geração reconheciodamente bem preparada em termos de formação e qualificações”.
No encontro com os eurodeputados, o ministro Vítor Gaspar explicou algumas das reformas estruturais desenvolvidas por Portugal, tendo os membros do Parlamento Europeu mostrado “interesse” com o chumbo recente do Tribunal Constitucional a medidas do Orçamento do Estado.
Na terça-feira, dia final da visita dos membros do PE, estão agendados encontros, entre outros, com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, diversos parceiros sociais (como CAP, CCP, CGTP e UGT) e deputados das comissões de Assuntos Europeus, Economia e Obras Públicas bem como da comissão de acompanhamento do programa firmado com a ‘troika’ (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional).
