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Dirigentes académicos do Minho alertam União Europeia para agravamento das condições de vida dos estudantes

Um grupo de dirigentes associativos académicos do Minho encontrou-se hoje em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, no âmbito de uma iniciativa promovida pelo eurodeputado José Manuel Fernandes, centrada na discussão das novas linhas estratégicas de desenvolvimento da União Europeia assente na juventude e na inovação.

O ‘Erasmus Primeiro Emprego’ – iniciativa que o grupo europeu do PSD, através da intervenção de José Manuel Fernandes na comissão parlamentar dos orçamentos conseguiu fazer aprovar – foi um dos assuntos que mereceu a atenção dos dirigentes académicos, que estavam acompanhados por um grupo de autarcas e líderes socialdemocratas do distrito de Viana do Castelo.

Considerando o impacto do novo programa ‘Erasmus’ destinado a promover a colocação de jovens licenciados no mercado de trabalho europeu, os líderes estudantis minhotos realçaram a necessidade de desenvolver projectos de intervenção em estreita colaboração com as associações académicas e as escolas superiores.

Num grupo que integra estudantes da Universidade do Minho e das escolas superiores de Fafe, de Saúde do Alto Ave e do Vale do Ave, do Instituto Politécnico do Cávado e da Federação Académica de Viana do Castelo, fizeram ainda sentir as suas preocupações com o agravamento das condições de vida dos estudantes. Sobressaíram as referências ao agravamento do custo de vida, em contraste com a desactualização dos apoios sociais e ajudas de custo.

A situação torna-se mais flagrante no âmbito dos programas de mobilidade de estudantes no seio da Europa, o que poderá tornar-se ainda mais grave no Erasmus Primeiro Emprego, caso não sejam acauteladas as condições de inserção social e profissional dos jovens abrangidos.

Segundo os líderes académicos do Minho, é fundamental que as instâncias da União Europeia – nomeadamente a Comissão Europeia – promovam um estudo cuidado das condições de vida em cada estado, baseando as ajudas à inserção nos níveis de vida dos países de destino e colocação no mercado, e não com base nos países de origem.

O eurodeputado José Manuel Fernandes vincou o apoio e o reconhecimento da validade dos contributos deixados pelos jovens minhotos, comprometendo-se a intervir no parlamento Europeu em prol da melhoria das “condições dos universitários para o desenvolvimento de estudos e de conhecimentos, o que será determinante para a inovação tecnológica e qualidade da evolução humana e social”.