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A Europa precisa de um novo método de governação mais forte e concertado

A União Europeia chegou, finalmente, à conclusão de que é necessário e urgente reforçar os mecanismos de regulação e fiscalização para assegurar a estabilidade e a própria viabilidade do Euro. Uma posição que vem ao encontro de medidas que vêm sendo preconizadas há já alguns meses pelo eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes.

A derrapagem das contas públicas e agravamento dos défices de vários estados-membros já haviam levado José Manuel Fernandes a defender, no início deste ano, a criação de “um mecanismo de monitorização e vigilância dos défices para que estes traduzam a realidade e não se admita a ‘massagem’ das contas públicas”.

A criação de uma agência de notação europeia e de um Fundo monetário Europeu são outras das medidas preconizadas pelo Eurodeputado do PSD, membro da Comissão dos Orçamentos no Parlamento Europeu.

Para José Manuel Fernandes, a UE tem de “falar a uma só voz e actuar rapidamente no combate à especulação. Tal não significa a existência de uma única voz, mas sim a concertação e coordenação em termos de actuação”.

Reiterando a intervenção efectuada há quatro meses no plenário do PE, José Manuel Fernandes defende que “a Europa precisa de um novo método de governação”. Isso mesmo voltou a defender num encontro com empresários e gestores promovido pela ACEGE.

O método aberto de coordenação falhou. É necessária uma governação europeia forte, concertada e coordenada. São necessários novos instrumentos que promovam a defesa e estabilidade do Euro”, explicou o eurodeputado

“Com estes novos instrumentos, a Europa fica mais forte, mais credível, mais resiliente e menos dependente da boa vontade daqueles que deveriam ser líderes dos estados-membros e, em simultâneo, líderes europeus”, apontou.

Uma estratégia de actuação que José Manuel Fernandes justificou lembrando ainda que “está provado que o pacto de estabilidade e crescimento que obriga à apresentação de programas de estabilidade e crescimento por parte de cada estado-membro não é, por si só, suficiente. Aliás, estes programas são sobretudo promessas dos Estados-Membros, que nem sempre governam com responsabilidade e em que o pacto de estabilidade é constantemente violado”.