“As redes sociais têm hoje uma força brutal, que pode ser usada a favor da liberdade, da democracia e da Humanidade, como está bem patente no fenómeno da Primavera Árabe. Mas também por isso se torna extremamente atractiva para agentes de risco e gente mal-intencionada”, sensibilizou José Manuel Fernandes, perante uma plateia de jovens alunos organizados em diferentes partidos – grupos organizados no âmbito do projecto escolar de âmbito nacional ‘Parlamento Jovem’.
O Eurodeputado soialdemocrata salientou a importância de promover a formação de alunos e professores na área da Internet e das redes sociais, de forma a preparar da melhor forma as novas gerações a lidarem com um recurso de inestimável valor para todos os cidadãos e cujas potencialidades possuem ainda uma grande margem de progressão.
“As redes sociais exerceram, e ainda estão a exercer, um papel de extrema importância na Primavera Árabe, sendo mesmo responsáveis pela queda de alguns dos regimes ditatoriais. São uma ferramenta poderosa que pode ser usada por qualquer cidadão”, apontou o Eurodeputado minhoto, conforme explicitou perante os alunos.
Explicou que, “pelas redes sociais, consegue-se colocar uma notícia na CNN e noutras cadeias de informação mundiais, com uma força enorme. Isso mesmo ficou bem patente numa caso recente em Portugal de um vídeo colocado no Youtube com uma jovem a ser violentamente agredida por colegas”.
Ladeado pelo director da EB 2,3 de Vila Verde, António Amaro, e pela coordenador do projecto escolar, Joana Carvalho, José Manuel Fernandes considerou que “todas as discriminações são negativas e devem ser repudiadas”, mas há algumas mais recentes que devem merecer uma “imediata e mais intensa condenação”. Referiu-se de forma particular à discriminação religiosa, condenando os ataques a cristãos na Nigéria.
Num animado debate com os grupos do Parlamento Jovem da EB 2,3 – que vão a eleições na próxima sexta-feira –, o Eurodeputado salientou a legislação europeia e o grande esforço da UE na luta contra todas as discriminações e também na promoção de regras mais eficazes para a segurança dos utilizadores de Internet.
Apontando estudos do Eurobarómetro, José Manuel Fernandes deu conta que, na União Europeia, os portugueses são os que mais usam a mesma palavra-passe em diferentes operações e sistemas, revelam também utilização elevada de chats de conversação, mas são dos que fazem na Internet menos compras e operações bancárias.
O eurodeputado não tem dúvidas que a Internet e as redes sociais podem ser um factor determinante para a inclusão e igualdade social, mas alertou para o potencial factor de exclusão dos mais desfavorecidos, por falta de recursos. Nesse aspecto, salientou o contributo muito positivo das juntas de freguesia e escolas, no esforço para assegurarem Internet gratuita.