O Eurodeputado José Manuel Fernandes lançou um apelo para que o Conselho e os estados-membros atuem “com rigor e realismo” na discussão do orçamento da União Europeia para 2013. Um apelo reforçado pelo alerta para que não se repitam os problemas de insuficiência de dotações que levaram à impossibilidade de cumprir reembolsos assumidos.
No debate sobre o mandato da representação do Parlamento Europeu para o Trílogo – discussão com Conselho e Comissão Europeia para chegar a acordo sobre os números do próximo orçamento –, José Manuel Fernandes defendeu a aposta na criação de emprego e na juventude.
“Defendo a promoção do crescimento e do emprego, o apoio às pequenas e médias empresas e à juventude”, afirmou o eurodeputado do PSD, frisando a importância da “aposta no crescimento inteligente, sustentável e inclusivo”, dando seguimento à Estratégia Europa 2020.
Como sublinhou José Manuel Fernandes, “a proposta de orçamento da União Europeia para 2013 tem um reforço de 6,8% em relação ao orçamento de 2012 no que diz respeito às despesas de pagamento, atingindo estas cerca de 138 mil milhões de euros”.
“Espero que este aumento seja suficiente para fazer face aos compromissos assumidos pela União Europeia, onde destaco os investimentos que cada Estado-Membro está a fazer, nomeadamente na política de coesão”, avançou. E aproveitou para recordar que, “no final de 2011, a Comissão não pôde reembolsar cerca de 11 mil milhões de euros – e que eram devidos – correspondentes a pedidos de pagamento devido ao insuficiente nível de dotações”.
“Tal aconteceu por culpa do Conselho que, de forma intransigente, atuou contra si próprio. Apelo a que o Conselho atue com rigor e realismo de forma a não impedir o pagamento das verbas já contratualizadas, já assumidas e que são importantes para garantirem o crescimento económico, o emprego e, em simultâneo, se atingir a coesão económica, social e territorial”, reclamou José Manuel Fernandes.
